Olá...,
Parei para organizar o blog do PsiSono gente, finalmente!
O negócio é que o editor do blog teve uma repaginada nos últimos anos e o formato antigo do blog precisou agora de vez sair do ar. Já havia um tempo que tinha começado e fui adiando essa repaginada que se tornou necessária no site e aqui no blog também. Por isso o blog ficou fora do ar e já nem sei quanto tempo faz.
Se compreendi, no novo formato tem login e perfil de membros. Só assim para designar autores ou colunistas, também para direcionar conteúdos de interesse científico ou bibliografia para quem estuda com a gente. Enfim, eu já tinha tentado esse processo, mas não consegui evoluir. Parece simples, mas não é! Resolvi voltar ao ar e ir ajustando aos poucos, conforme for aprendendo, paciência!
Bom, para o conteúdo que já estava no blog me pareceu que temos duas soluções, 1) ter um autor "PsiSono" para todos os posts e ir contando quem são os autores no texto, ou seja, precisamos editar post por post; ou 2) convidar novamente nossos queridíssimos colaboradores para se cadastrarem no blog e então podermos ir aos poucos repaginando e repostando post a post com suas autorias. A segunda solução parece bem mais bacana, porque agora os colunistas podem ter autonomia para gerir seu perfil e posts do blog.
Não sei o que vai acontecer nesse processo. Sei que a vida de todo mundo é bastante corrida.
Veremos! A seguir cenas do próximo capítulo!
Mas, se chegou até aqui, fiel leitor, obrigada! Peço licença para continuar.
Estou pensando em começar um diário, ou melhor, um semanário, melhor ainda, um quando der na telha... mas a ideia é registrar a experiência que estou vivendo aqui em Boston durante o doutorado sanduíche no Dana Farber.
O Dana Farber é o Instituto do Câncer da Escola de Medicina de Harvard.
É, é difícil descrever, no mínimo é emocionante!
Participo do programa de pesquisa do Departamento de Psico-oncologia e Cuidado Paliativo.
É praticamente um universo paralelo.
Não sei se você já viu, porque já andei postando por aí, uma das coisas mais incríveis que conheci, o documentário #fantasticfungi
Acho que mudou um pouco minha concepção de mundo, junto com o contexto.
Foi no dia de encerramento de um workshop sobre o uso de psicodélicos como alternativa de tratamento para amenizar o sofrimento "psico-espiritual" de pacientes com câncer avançado, ou em sofrimento por diversas razões. É uma psicoterapia que inclui pelo menos uma sessão com Magic Mushroom. Pois ao final do documentário os pesquisadores estavam lá em roda para conversar com a plateia e os pacientes que tinham sido voluntários nos estudos, também.
Realmente impressionante a experiência "psico-espiritual" que os pacientes descrevem nos depoimentos.
O mundo tem salvação gente! São os cogumelos, os fungos mágicos!
Saí de lá com essa sensação.
Camadas da terra que há milhares de anos estiveram congeladas, estão agora se descongelando.
Pensar nisso e em fungos já dá um certo arrepio, não dá?
Mas o negócio é que segundo alguns micologistas (biólogos que estudam fungos) evolucionistas (que acreditam na origem das espécies) é possível que nosso cérebro tenha evoluído para o que é, porque nossos antepassados começaram a comer cogumelos mágicos! Não é incrível? Descendemos todos de fungo afinal. No principio era fungo, depois vegetal e animal, e depois fungo de novo, porque fungos estão no princípio e fim de toda forma de vida no planeta.
Meio confuso isso, mas o que isso significa é que os cogumelos mágicos de algum jeito favorecem o crescimento neuronal.
As pessoas, é unânime, dizem que deixam de ter medo de morrer, como se tivessem costurado um significado para uma ferida espiritual. Achei tão bonito! E mais, o que se ativa com os cogumelos é nossa default network , isto é, a mesma rede neural que se ativa enquanto sonhamos, enquanto imaginamos dormindo!
O sono e os sonhos refletem afinal saúde psicológica.
São então mecanismos pelos quais atributos psicológicos podem influenciar a saúde de modo geral.
Essa é uma das hipóteses da minha tese de doutorado, em que investigo o sentido e a influência da espiritualidade sobre os desfechos de saúde de pacientes hospitalizados por doenças crônicas e que limitam à vida.
Enfim, acho que é um pouco disso que vai ter por aqui daqui em diante, além dos posts antigos que irei aos poucos atualizando.
Até logo,
Laura
Comments