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Os seis mais entre mascarados e desmascarados

Atualizado: 4 de mai. de 2020

O vir-us dos 06 mais entre desmascarados e mascarados, seus complementares e antagonismos.


Muitos, tentando sobreviver às angústias, reproduzem as rotinas de consumo e trabalho em casa - ou inventam outras, suas próprias. Conseguiremos?

Sigamos... Serão as perguntas utópicas? Meras, ainda que pertinentes, provocações?

Esquento a água, faço um chá, me preparo para dormir, mas as ideias vem à cabeça.

Top 6 dos efeitos colaterais e frontais.


1. O real da morte. A perda de alguém, o medo iminente de perder. A MORTE PODE NOS SENSIBILIZAR A VIDA, AO VIVER?


2. A fome agravada – FRAGILIDADE DAS ESTRUTURAS DE RENDA. A fome e a pobreza sempre existiram e agora, mais contundentes. A solidariedade nas ações sociais é imprescindível, mas e depois? Como se contribui para uma mudança realmente estrutural, de aumento de poder aquisitivo e autonomia? Ou essa permanência dos estados de demanda, de ajudar a quem precisa lhe causa muita satisfação, sempre?


3. A perda de empregos FALTA DE GESTÃO DE RISCO EM ORÇAMENTOS – VISÃO DE LUCRATIVIDADE IMEDIATA, CURTO PRAZO. As precariedades dos serviços terceirizados, as leis trabalhistas, a falta de visão de risco do negócio, de todos os envolvidos (inclusive do proprietário), falta de visão sistêmica: o funcionário é também consumidor. Empregador, legisladores, vamos pensar a respeito? Eleitor, vamos ficar atentos?


4. O Sistema de Saúde – DESCASO À GESTÃO DOS RECURSOS EM SAÚDE, DAS PROFILAXIAS. “Saúde é um direito, não um privilégio”. Cada pagante de impostos, destina seu dinheiro para serviços de saúde, mas parece que seus recursos são desviados e/ou mal geridos. Podendo colapsar. A constituição é somente um livro de desabafos ideológicos? Para a sociedade como um TODO, parece que a Bíblia (um livro que merece seu lugar no privado de quem assim a desejar) tem sido mais uma referência gestora e discursiva no âmbito público do que artigos constituintes.


5. A situação de extrema vulnerabilidade – no Norte Brasileiro, em populações da África onde falta água e sabão, para moradores de rua. Esse tópico é indigesto, mas extremamente necessário diagnóstico para percebermos que igualdade de direitos (moradia, cultura, território, educação, saúde, escolhas...) não é um valor e nem uma urgência da maioria dos esforços de inteligência da humanidade. Não é!

Temos muito que caminhar neste sentido. Temos muitas instituições de incansáveis trabalhos, sérias e que confrontam essa realidade. Por outro lado, parece que somos movidos pela culpa, muitas vezes. Pela caridade e não pela mudança que pode exigir perdas e incômodos. Até tenho a sensação que desaprendemos, porque, os de boa intenção, angustiados, também como eu, estão perdidos, nem sabendo por onde e como começar. Difícil. Mas será que não podemos mudar? Empatia, estudo, contextualização histórica, memória compartilhada, negociação nas satisfações. Percepção nas oportunidades cotidianas de mudanças mais sustentáveis nessa direção. Quem sabe. Sem idealismos, no que é possível, junto com as redes junto daqueles que estão na luta há muito tempo.


6. Violência doméstica e outros detonadores do cárcere familiar SÃO INÚMERAS E EXPONENCIAIS as causas da violência. Ela sempre existiu e tomou diferentes formas e razões ao longo da história. Em nossos tempos, agravou-se por conta do limitante espacial. Estava dispersa, hoje condensada entre as paredes do privado. Então... Qual a visão que temos de gênero? O que causa a intolerância? Por que existe o alcoolismo? Como a falta de perspectiva de futuro influencia nas mentes e corações?


Mas quanta desgraça... há saída? Sim. Eu acredito. O mundo está doente faz tempo, o vírus veio para destacar, agravar alguns pontos existentes e latentes. Não é culpa dele. A causa não é ele. Ele é efeito. Não somos perfeitos e não vamos construir um mundo ideal, de união de todos os modos de satisfação... não. Cada um é um. Mas por que não diminuir consideravelmente os impactos desse alastramento?


Lavar as mãos com água e sabão, em casa, alimentados, deveria ser algo que todos os humanos conseguissem fazer! Mas, tenho pensado que se tem que mexer numa coisinha: alguns modos de gozar, pra arrumar essa bagunça toda. Há esperança, quem sabe, pelos olhos nas satisfações coletivas ao belo, nas lindas paisagens outonais das janelas.


Arrumemos então nossa casa, nosso gozo, nossos paradigmas, valores, ética. Não dá pra viver bem se esse efeito não for em larga escala. Se não recolocarmos os objetos que gozamos, se não questionarmos, estranharmos nossas "involuções". Vamos ponderar.

Convite: fiquemos todos, nessa casa.

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